terça-feira, 12 de março de 2019

Olá para todxs.
Por alguma razão, o sistema da minhaUFMG não está enviando mensagens.
Por essa razão, não pude enviar o link da pasta do Dropbox - mensagem de erro na imagem.
O texto do livro introdutório está abaixo.
https://www.dropbox.com/s/kwfa7li2roltbwm/Logica.A.Rodrigues.pdf?dl=0
Abraços



terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Alternativas à lógica clássica: intuicionismo e paraconsistência

Foi na primeira metade do século XX que a lógica clássica se estabeleceu como o tratamento padrão da consequência lógica. Mas foi também no século XX que diferentes teorias da consequência lógica foram propostas. Dois princípios da lógica clássica, frequentemente apresentados como 'leis fundamentais do pensamento', são o princípionda não contradição e o terceiro excluído. Tais princípios são rejeitados, respectivamente, pelas lógicas paraconsistente e intuicionista. O objetivo deste curso é apresentar ao aluno aspectos históricos e conceituais da lógica clássica e de duas alternativas não clássicas, as lógicas intuicionista e paraconsistente. O curso ira tratar apenas da lógica proposicional e pressupõe somente o conteúdo ministrado na disciplina de lógica do primeiro (ou segundo) período.


1. A lógica clássica
Frege, Russel e Tarski: consequência lógica = preservação da verdade.
A negação clássica: bivalência, terceiro excluído, não contradição, ex
falso quodlibet.
Verdade, referência e significado.

2. A lógica intuicionista
Brouwer e Heyting: a matemática construtiva e a rejeição do terceiro excluído.
Semântica inferencial.

3. A lógica paraconsistente
Paradoxos e contradições nas ciências empíricas.
Os sistemas paraconsistentes de da Costa e seus desdobramentos.
Dialeteísmo e lógicas da informação.


N. Belnap. How a computer should think. In Proceedings of the Oxford International Symposium on Contemporary Aspects of Philosophy. Oxford, England, 1976.
W. Carnielli, A. Rodrigues. Paraconsistency and duality: between ontological and epistemological views. The Logica Yearbook 2015. London, College Publications, 2016.
W. Carnielli, A Rodrigues. An epistemic approach to paraconsistency: a logic of evidence and truth. Synthese, 2017. http://philsci-archive.pitt.edu/14115/.
R. Cook. Let a thousand flowers bloom. Philosophy Compass, 2010.
J. M. Dunn. Information in Computer Science, in Handbook of the Philosophy of Science Volume 8: Philosophy of Information. Elsevier, 2008.
S. Haack. Filosofia das Lógicas. Unesp, 2002
A. Heyting. Intuitionism: an introduction. North-Holland Publishing Company, 1956.
W. Hodges. Logic. Penguin Books, 1977.
T. Nickles. From Copernicus to Ptolemy: inconsistency and method. In Inconsistency in Science (Ed. J. Meheus). Dordrecht: Springer, 2002.
G. Priest. Logical Pluralism, in Doubt Truth to be a Liar. Oxford University Press, 2008.
G. Priest and F. Berto. Dialetheism. Stanford Encyclopedia of Philosophy, 2013.
D. Prawitz. Classical versus intuitionistic logic. In Why is this a proof? Festschrift for Luiz Carlos Pereira. College Publications, 2015.
W.V. Quine. Filosofia da Lógica. Rio de Janeiro, Zahar, 1972.
J. J. da Silva. Filosofias da Matemática. Unesp, 2007
S. Stewart; K. Teresa. Classical Logic in The Stanford Encyclopedia of Philosophy, 2018.
A.S. Troelstra; D. van Dalen. Constructivism in Mathematics, Vol 1. Elsevier Science, 1988.

quarta-feira, 29 de março de 2017

Sobre o 'princípio de composicionalidade'

Extraído do capítulo 5 de Thinking about Logic de Stephen Read, OUP


Como a linguagem é possível? Como é possível, a partir da aprendizagem
de um vocabulário básico e finito de uma linguagem, formar um sem
número de novos enunciados, novas proposições que expressam
pensamentos que nunca foram antes formulados? Pois isso é possível.
Apesar do vocabulário de uma linguagem ser mundo grande, como uma
olhada no dicionário revela, ele é pequeno quando comparado com o
número imenso de sentenças que compõem os livros das bibliotecas
espalhadas pelo mundo. Dentre essas sentenças, poucas são idênticas.
Dentre as sentenças que lemos, poucas são as que nós vimos antes. Como
é possível que o leitor compreenda essas sentenças? Como é possível
que o leitor as conceba e formule?

A resposta é óbvia, mas suas implicações são poderosas. Nós podemos
aprender uma linguagem porque seu vocabulário e suas regras
gramaticais são relativamente pequenas – ambas podem ser reunidas em
um pequeno número de volumes. Um dicionário de alguns volumes como o
Oxford English Dictionary contém pouco mais que o vocabulário da maior
parte dos falantes individuais do inglês. E mesmo esse dicionário
consiste de dez ou doze volumes, o que é uma pequena parte da
biblioteca onde ele está. A partir desse vocabulário, as regras
gramaticais permitem a criação de um número infinitamente grande de
sentenças. Para que possamos entender tais sentenças, os significados
das palavras individuais são combinados de acordo com a estrutura
estabelecida pela gramática. Em outras palavras, da mesma forma que
uma sentença é literalmente composta pelas palavras que ela contém, o
significado de uma sentença, a proposição, é de alguma maneira
'composto' pelos significados das palavras que ela contém. A idéia
inicial é óbvia: entendemos novas sentenças porque entendemos como
seus significados resultam dos significados das palavras que as
constituem. As implicações disso não são óbvias, e o que isso diz não
é tão claro: os significados das palavras se combinam de algum modo
para compor o significado da sentença completa, a proposição por ela
expressada.

O princípio em questão aqui é por vezes chamado de 'princípio da
composicionalidade', outras vezes de 'princípio de Frege', o grande
filósofo alemão da matemática e da linguagem do fim do século XIX. Os
dois termos cobrem aplicações bastante diferentes da idéia básica. Mas
a motivação subjacente é a mesma. De algum modo precisamos explicar a
'criatividade' da linguagem, o modo pelo qual uma criança, ao ouvir um
número finito e pequeno de enunciados, desenvolve a habilidade de
produzir e compreender um sem número de proposições que não estão
entre os dados sobre os quais tal habilidade foi desenvolvida. A
explicação é a mais simples e a mais plausível para preencher essa
lacuna, e está de acordo com a experiência pessoal, do falante de uma
linguagem, de participar de uma conversa – um conjunto de enunciados
seus e de outros falantes. Os dados iniciais e os novos enunciados
produzidos são analisados em componentes significativos, e é postulada
uma conexão entre o todo e as partes. Mas o que é essa conexão?

Aqueles que chamam essa idéia de princípio de 'composicionalidade'
estarão inclinados a interpretar essa conexão de modo bastante
literal. Eu mencionei no capítulo 1 como Russell considerou que as
proposições – significados das sentenças e objetos de crença – teriam
como constituintes particulares e universais. Assim, por exemplo, a
proposição que Sócrates é sábio teria, literalmente, Sócrates e a
sabedoria como constituintes. Para Russell, o significado de
'Sócrates' era o próprio filósofo Sócrates, em pessoa; e o significado
de 'é sábio' era o universal ou a propriedade sabedoria. Portanto, o
significado da sentença 'Sócrates é sábio' seria composto por Sócrates
e a sabedoria, do mesmo modo que a sentença é composta por sujeito e
predicado. Uma visão mais sofisticada, diferentemente, aponta para uma
dependência funcional do significado da expressão complexa em relação
aos significados das suas partes. Considere uma analogia: 4 é o
resultado do quadrado de dois, 4 = 22, mas 4 não contém literalmente o
número 2 como um constituinte, tampouco contém a função y = x2, que
recebe um número x e o eleva ao quadrado produzindo um número y.
Antes, 4 é o resultado de aplicar ao número 2 a função que eleva um
número ao quadrado. Para Frege, é desse modo que se estabelece a
conexão entre o significado de uma sentença e os significados das suas
partes. O quadro é mais complicado porque Frege distinguia o
significado da expressão dos seus componentes. Mas o princípio é
preservado: o significado de uma expressão complexa, uma sentença por
exemplo, resulta dos significados das suas partes e pode ser calculado
a partir deles. Assim, a compreensão das partes e do modo elo qual o
todo depende das partes explica a compreensão do todo.


* * *

segunda-feira, 27 de março de 2017

Sobre a natureza da lógica


In this section we want to show that a formal system with a normative character designed to deal with epistemological contradictions finds its place in the very nature of logic. We start by calling attention to the fact that there is a perennial philosophical question about the nature of logic, namely, whether the main character of logic is epistemological, ontological, or linguistic. We emphasize the epistemological character of intuitionistic logic, which is in clear opposition to the realist (and, we claim, ontological) view of logic found in Frege’s works. We argued in section 2 that at least some contradictions that appear in scientific theories are epistemological. Our main argument here depends on the duality between the rejection of explosion and the rejection of excluded middle, both of which may be motivated by epistemological reasons. From this perspective, the rejection of excluded middle does not mean that both A and ¬A may be false. Dually, the rejection of explosion does not mean that both A and ¬A may be true.
In building formal systems we deal with several logical principles, and it may justly be asked what these are principles about. This is a central issue in philosophy of logic. Here we follow Popper (1963, pp. 206ff), who presents the problem in a very clear way. The question is whether the rules of logic are:
(I.a) laws of thought in the sense that they describe how we actually think;
(I.b) laws of thought in the sense that they are normative laws, i.e., laws that tell us how we should think;
(II) the most general laws of nature, i.e., laws that apply to any kind of object;
(III) laws of certain descriptive languages. 
We thus have three basic options, which are not mutually exclusive: the laws of logic have (I) epistemological, (II) ontological, or (III) linguistic character. With respect to (I), they may be (I.a) or descriptive (I.b) normative. Let us illustrate the issue with some examples.
Aristotle, defending the principle of non-contradiction, makes it clear that it is a principle about reality, “the most certain principle of all things” (Metaphysics 1005b11). Worth mentioning also is the well-known passage, “the same attribute cannot at the same time belong and not belong to the same subject in the same respect” (Metaphysics 1005b19-21), which is a claim about objects and their properties. 
On the other hand, a very illustrative example of the epistemological side of logic can be found in the so-called logic of Port-Royal, where we read:

Logic is the art of conducting reasoning well in knowing things, as much to instruct ourselves about them as to instruct others.
This art consists in reflections that have been made on the four principal operations of mind: conceiving, judging, reasoning, and ordering.
(…) [T]his art does not consist in finding the means to perform these operations, since nature alone furnishes them in giving us reason, but in reflecting on what nature makes us do, which serves three purposes.
The first is to assure us that we are using reason well …
The second is to reveal and explain more easily the errors or defects that can occur in mental operations.
The third purpose is to make us better acquainted with the nature of the mind by reflecting on its actions. (Arnauld, A. & Nicole 1662, (1996) p. 23)

Logic is conceived as having a normative character. So far so good. But logic is also conceived as a tool for analyzing mental processes of reasoning. This analysis, when further extended by different approaches to logical consequence, as is now done by some non-classical logics, shows that there can be different standards of correct reasoning in different situations. This aspect of logic, however, has been relegated to secondary status by Frege’s attack on psychologism. Frege wanted to eliminate everything subjective from logic. For Frege, laws of logic cannot be obtained from concrete reasoning practices. Basically, his argument is the following. From the assumption that truth is not relative, it follows that the basic criterion for an inference to be correct, namely, the preservation of truth, should be the same for everyone. When different people make different inferences, we must have a criterion for deciding which one is correct. Combined with Frege’s well-known Platonism, the result is a conception of logic that emphasizes the ontological (and realist) aspect of classical logic. 

Our conception of the laws of logic is necessarily decisive for our treatment of the science of logic, and that conception in turn is connected with our understanding of the word ‘true’. It will be granted by all at the outset that the laws of logic ought to be guiding principles for thought in the attainment of truth, yet this is only too easily forgotten, and here what is fatal is the double meaning of the word ‘law’. In one sense a law asserts what is; in the other it prescribes what ought to be. Only in the latter sense can the laws of logic be called ‘laws of thought’(…) If being true is thus independent of being acknowledged by somebody or other, then the laws of truth are not psychological laws: they are boundary stones set in an eternal foundation, which our thought can overflow, but never displace (Frege 1893, (1964) p. 13).

(…) [O]ne can very well speak of laws of thought too. But there is an imminent danger here of mixing different things up. Perhaps the expression "law of thought" is interpreted by analogy with "law of nature" and the generalization of thinking as a mental occurrence is meant by it. A law of thought in this sense would be a psychological law. And so one might come to believe that logic deals with the mental process of thinking and the psychological laws in accordance with which it takes place. This would be a misunderstanding of the task of logic, for truth has not been given the place which is its due here (Frege 1918, (1997) p. 325).

For Frege, logic is normative, but in a secondary sense. Along with truths of arithmetic, the logical relations between propositions are already given, eternal. This is not surprising at all. Since he wanted to prove that arithmetic could be obtained from purely logical principles, truths of arithmetic would inherit, so to speak, the realistic character of the logical principles from which they were obtained. Logic thus has an ontological character; it is part of reality, as are mathematical objects.
It is very interesting to contrast Frege’s realism with Brouwer’s intuitionism, whose basic ideas can be found for the first time in his doctoral thesis, written at the very beginning of twentieth century. The approaches are quite opposed.

Mathematics can deal with no other matter than that which it has itself constructed. In the preceding pages it has been shown for the fundamental parts of mathematics how they can be built up from units of perception (Brouwer 1907, (1975) p. 51).
The words of your mathematical demonstration merely accompany a mathematical construction that is effected without words …
While thus mathematics is independent of logic, logic does depend upon mathematics: in the first place intuitive logical reasoning is that special kind of mathematical reasoning which remains if, considering mathematical structures, one restricts oneself to relations of whole and part (Brouwer 1907, (1975)  p. 73-74).

            It is remarkable that Brouwer’s doctoral thesis (1907) was written between the two above-quoted works by Frege (1893 and 1919). Brouwer, like Frege himself, is primarily interested in mathematics. For Brouwer, however, the truths of mathematics are not discovered but rather constructed. Mathematics is not a part of logic, as Frege wanted to prove. Quite the contrary, logic is abstracted from mathematics. It is, so to speak, a description of human reasoning in constructing correct mathematical proofs. Mathematics is a product of the human mind, mental constructions that do not depend on language or logic. The raw material for these constructions is the intuition of time (this is the meaning of the phrase ‘built up from units of perception’).
These ideas are reflected in intuitionistic logic, which was formalized by Heyting (1956). Excluded middle is rejected precisely because mathematical objects are considered mental constructions. Accordingly, to assert an instance of excluded middle related to an unsolved mathematical problem (for instance, Goldbach’s conjecture), would be a commitment to a Platonic realm of abstract objects, an idea rejected by Brouwer and his followers.
            With respect to the linguistic aspects of logic, we shall make just a few comments. According to one widespread opinion, a linguistic conception of logic prevailed during the last century. From this perspective, logic has to do above all with the structure and functioning of certain languages. Indeed, sometimes logic is defined as a mathematical study of formal languages. There is no consensus for this view, however, and it is likely that it is not prevalent today. Even though we cannot completely separate the linguistic from the epistemological aspects – i.e., separate language from thought –, we endorse the view that logic is primarily a theory about reality and thought, and that the linguistic aspect is secondary. 
            At first sight, it might seem that Frege’s conception according to which there is only one logic, that is, only one account of logical consequence, is correct. Indeed, for Frege, Russell, and Quine, the logic is classical logic. From a realist point of view, this fits well with the perspective of the empirical sciences: excluded middle and bivalence have a strong appeal. Ultimately, reality will decide between A and not A, which is the same as deciding between the truth and falsity of A.
The identification of an intuitionistic notion of provability with truth was not successful. As is shown by Raatikainen (2004), in the works of Brouwer and Heyting we find some attempts to formulate an explanation of the notion of truth in terms of provability, but all of them produce counterintuitive results.
On the other hand, the basic intuitionistic argument that rejects a supersensible realm of abstract objects is philosophically motivated – and it is notable that this argument usually seems rather convincing to students of philosophy. As Velleman & Alexander (2002, pp. 91ff) put it, realism seems to be compelling when we consider a proposition like every star has at least one planet orbiting it. However, when we pass from this example to Goldbach’s conjecture, the situation changes quite a bit. In the former case, it is very reasonable to say that reality is one way or the other; but if we say with regard to the latter case that ‘the world of mathematical numbers’ is one way or the other, there is a question to be faced: where is this world?
What is the moral to be taken from this? That classical and intuitionistic logic are not talking about the same thing. The former is connected to reality through a realist notion of truth; the latter is not about truth, but rather about reasoning. In our view, assertability based on the intuitionistic notion of constructive proof is what is expressed by intuitionistic logic.


ARNAULD, A.; NICOLE, P. Logic or the Art of Thinking. Cambridge University Press, 1996.
ARISTOTLE. Metaphysics. The Complete Works of Aristotle, Oxford University Press, 1996.
BROUWER, L.E.J. “On the Foundations of Mathematics” 1907. Collected Works vol. I. (ed. A. Heyting), North-Holland Publishing Company, 1975.
FREGE, G. The Basic Laws of Arithmetic, 1893. Transl. M. Furth. University of California Press, 1964.
__________. “The Thought”, 1918. The Frege Reader. Oxford: Blackwell Publishers, 1997.
HEYTING, A. Intuitionism: an Introduction. London: North-Holland Publishing Company, 1956.
HUNTER, G. Metalogic. University of California Press, 1973.
NICKLES, T. ‘From Copernicus to Ptolemy: inconsistency and method’ in Inconsistency in Science (Ed. J. Meheus). Dordrecht: Springer, 2002.
POPPER, K. Conjectures and Refutations, New York: Harper, 1963. 
PRIEST, G. In Contradiction. Oxford University Press, 2006.
RAATIKAINEN, P. “Conceptions of Truth in Intuitionism”. History and Philosophy of Logic, 25: 131–145, 2004.
VELLEMAN, D.J.; ALEXANDER GEORGE, A. Philosophies of Mathematics. Oxford: Blackwell Publishers, 2002.

Extraído de Carnielli & Rodrigues, TOWARDS A PHILOSOPHICAL UNDERSTANDING OF THE LOGICS OF FORMAL INCONSISTENCY.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Workshop: Advanced Reasoning Forum at UFMG

Richard Epstein (ARF, Advanced Reasoning Forum), autor de vários
livros nas áreas de filosofia, lógica e linguística, visitará a UFMG
nas próximas duas semanas.
Abaixo, a programação. As palestras serão todas em português.

Dia 23 de setembro, terça-feira, 14h, auditório Baesse
Palestra: Pensamento Crítico
Richard Epstein

Dia 24 de setembro, quarta-feira, 15h30
Sala 4094
Mesa: Teoria de Conjuntos
Richard Epstein, Antonio Coelho, Abílio Rodrigues

Dia 26 de setembro, sexta-feira, auditório Bicalho, 14h
Palestra: O Mundo como Processo
Richard Epstein
https://www.dropbox.com/s/st2s199hqg6nsds/Epstein.WP.pdf

Dia 29 de setembro, segunda-feira, sala 4094, das 9h às 12h e das 14h às 17h
Mesa:: Paraconsistência, Modalidades e a Natureza da Lógica

Dia 1º de outubro, quarta-feira, sala da Congregação, 15h
Palestra: Linguagem, Pensamento e Significado
Richard Epstein
https://www.dropbox.com/s/xmhc3fp7u7uq1yg/Epstein.LTM.pdf

Apoio: CNPq, Programa de Pós Graduação em Filosofia da UFMG

sábado, 9 de agosto de 2014

Prática de pesquisa IV - ementa e bibliografia

Prática de pesquisa IV


Tema: Lógicas não clássicas: intuicionismo e paraconsistência.

 

Ementa: Consequência lógica: o que se segue de quê. A lógica clássica. Os princípios do terceiro excluído e da não-contradição. O princípio da explosão. Lógicas não clássicas: primeira abordagem. Intuicionismo de Brouwer e Heyting: existência, infinito e verdade. Lógica intuicionista. A contradição na história da filosofia: Heráclito, Aristóteles, Kant, Hegel. Paraconsistência e dialeteísmo. Contradições nas ciências empíricas. Lógicas paraconsistentes.

 

Bibliografia básica:

Aristóteles. Metafísica.

Haack, S. Filosofia das Lógicas. Ed. UNESP.

Chateaubriand, O. Logical Forms. CLE-UNICAMP. 

da Costa, N. Ensaio sobre os fundamentos da lógica. Hucitec.

da Silva, J.J. Filosofias da Matemática. Ed. UNESP.

Hegel, G.W.F. Enciclopédia das Ciências Filosóficas – vol. I. Loyola.

Heyting, A. Intuitionism: an introduction. North-Holland.

Kant, I. Crítica da Razão Pura. Ed. Calouste.

Kirk, G. S. Os Filosofos Pré-socraticos.  Ed. Calouste.

Priest, G. An introduction to non classical logic. Cambridge.

________. Doubt Truth to be a Liar. Clarendon Press.

Rodrigues, A. Lógica - Coleção O Prazer de Pensar. Martins Fontes.

sábado, 31 de maio de 2014

Monitoria próxima segunda

Olá para todos.
As duas horas de atendimento do monitor Edgar que estavam programadas para acontecer segunda e terça, das 18:00 às 19:00, serão oferecidas na segunda-feira, na própria sala 3049, das 19:00 às 21:00, visando encerrar a revisão para prova, que não foi concluída na última semana.
Abraços

terça-feira, 27 de maio de 2014

Próximas aulas e prova

Olá para todos.
Hoje, terça dia 27, haverá monitoria no horário da aula.
E na próxima quinta, dia 29, aula de revisão.
Prova e entrega do trabalho sobre identidade na terça dia 3 de junho.
Abraços

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Hitler against Godel - sensacional

"Let's fire all the logicians we have not fired before. Heidegger
warned me against them."

https://www.youtube.com/watch?v=mHD08tI0T30

domingo, 2 de março de 2014

Superior Tribunal Federal

Caríssimos
Isso é tão grave, mas tão grave, que não pode passar despercebido.
Nem pode ser facilmente esquecido.
Abraços.

"Diante da reação temperamental de um colega, o ministro suscitou a
hipótese de que o abandono da técnica judicial, para agravar mais as
penas, visasse um destes dois objetivos: evitar o reconhecimento de
que o crime estava prescrito ou impedir que os réus gozassem do
direito ao regime semiaberto de prisão, em vez do regime fechado a que
foram condenados.

Hipótese de gritante insensatez. Imaginar a mais alta corte do país a
fraudar os princípios básicos de aplicação de justiça, com a
concordância da maioria de seus integrantes, é admitir a ruína do
sistema de Justiça do país. A função do Supremo na democracia é
sustentar esse sistema, viga mestra do Estado de Direito.

O ministro mal concluiu a hipótese, porém, quando alguém bradou no
Supremo Tribunal Federal: "Foi feito para isso sim!". Alguém, não. O
próprio presidente do Supremo Tribunal Federal e presidente do
Conselho Nacional de Justiça."

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/154602-uma-frase-imensa.shtml

Um vídeo está aqui: http://www.youtube.com/watch?v=HNoQJ4f1mJY, (50:20
até 50:43)

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

V Colóquio Temático em Filosofia Analítica


A grande divisão entre duas tradições na filosofia contemporânea, entre a tradição analítica e a tradição continental, é ao mesmo tempo conceitualmente vaga e explicativa do modo como se organiza a atividade filosófica hoje. De fato, mesmo se não é simples definir o que é próprio de cada tradição, porque provavelmente uma tal definição não existe, dada multiplicidade de práticas filosóficas, filósofos tendem a discutir com colegas, ler textos, participar de congressos etc., que se encontram do seu lado desta divisão. Mas será este o caso? Esta tendência de separação apresenta algumas brechas que este seminário pretende explorar, tanto para mostrar uma capilaridade maior do que talvez se suspeitasse, quanto para sugerir outros caminhos a serem trilhados. Num primeiro momento, podemos pensar no papel de Hegel no dialeteísmo e lógicas paraconsistentes, na importância de Merleau-Ponty para a filosofia da mente mais contemporânea, ou ainda no papel do interesse no conhecimento, em versões do contextualismo epistêmico.

PROGRAMA
Dia 12 de março de 2014, quarta-feira

9h30 Palestra 
Em torno dos analíticos  e continentais - Desavenças e
aproximações

Ivan Domingues (UFMG)

10h30 Mesa: Psicologismo em Frege e Husserl
Marco Ruffino (UNICAMP), Celso Braida (UFSC), Mario Porta (PUC-SP)

Dia 13 de março de 2014, quinta-feira

10h30 Mesa: Percepção
Alice Serra (UFMG), André Abath (UFMG), Ernesto Perini (UFMG)

14h30 Mesa: Hegel e a lógica paraconsistente
Abilio Rodrigues (UFMG), Leonardo Vieira (UFMG), Michela Bordignon (PUCRS)

16h30 Palestra: Wittgenstein sobre 'instantes' e 'pontos' - Andre Porto (UFG)


Organização: Abilio Rodrigues e Ernesto Perini

Linha de Pesquisa Lógica e Filosofia da Ciência

Apoio: Programa de Pós-graduação em Filosofia da UFMG

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Teoria da Argumentação

Muito bom!



sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Atividades - Filosofia da Lógica

Para entrega dia 15/10

1. Explique a posição filosófica denominada dialeteísmo.

2. 'Acatar o dialeteísmo implica em acatar algum tipo de lógica
paraconsistente, mas a conversa não é o caso'. Você concorda?
Justifique sua resposta.

3. Explique a formulação do paradoxo do mentiroso na linguagem
natural. Explique por que é inútil adotar uma lógica de três (ou mais)
valores de verdade para evitar o paradoxo.

4. Explique informalmente o que são os paradoxos de Cantor e Russell.

5. Ler o livro Gama da Metafísica de Aristóteles localizando e
analisando os argumentos em defesa do princípio de não contradição.
Link: https://dl.dropboxusercontent.com/u/5959592/Metafisica.Gamma.txt

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Palestra - Lema Diagonal e Autorreferência

Seminários de Filosofia Analítica
Lema Diagonal e Autorreferência
Guilherme Araújo (UFMG)

Sexta-feira, 27 de setembro, 14h30
FAFICH, Sala 4094 (a confirmar)


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Prova - Filosofia da Lógica

Enviar respostas em arquivo .doc por email até o dia 22 de setembro.
Abraços

1. Explique cada um dos diferentes aspectos da lógica que são
apresentados por Tugendhat no capítulo 1 do livro Propedêutica
Lógico-semântica.

2. Por que Chateaubriand considera que o caráter primordial da lógica
é metafísico e não linguístico? Justifique sua resposta apresentando e
analisando argumentos de Chateaubriand.

3. Responda:

(i) O que é um sistema lógico contraditório?

(ii) O que é um sistema lógico trivial?

(iii) O que é um sistema lógico explosivo?

4. Explique, do ponto de vista das lógicas da inconsistência formal a
equação abaixo:

Contradictions + Consistency = Triviality

5. Por que as duas noções de inconsistência abaixo são equivalentes do
ponto de vista da lógica clássica, mas não para lógicas
paraconsistentes?

(i) S é consistente sse não existe A tal que A e não A são teoremas de S.

(ii) S é consistente sse existe B tal que B não é teorema de S

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Material para terça-feira 10/set

Seções 1.1 e 1.2 do texto no link abaixo
https://copy.com/3kCIXVLGvi0cms3W

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Lógicas paraconsistentes e a natureza da lógica

Olá para todos.
Material para o curso já está disponível no Dropbox.
Corrigindo: o código da disciplina é FIL070.
Para terça dia 6, leiam o texto do Tugendhat.
Abraços

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Edital - Monitoria de Lógica

De 23 de julho a 6 de agosto estão abertas inscrições para seleção de
monitor de lógica.
Bolsa: R$400,00
A seleção será no dia 7 de agosto.
Mais detalhes no edital abaixo
https://dl.dropboxusercontent.com/u/5959592/edital.log.PDF

terça-feira, 25 de junho de 2013

Disciplina de Filosofia da Lógica - 2013.2

Tópicos em Filosofia: Filosofia da Lógica
FIL048N
Terças e quintas-feiras às 21h


Título: Lógicas paraconsistentes e a natureza da lógica

Objetivo: O objetivo do curso é apresentar as noções fundamentais e discutir as
motivações filosóficas das lógicas paraconsistentes. A característica principal das
lógicas paraconsistentes não é aceitar contradições, mas sim não serem explosivas na
presença de contradições. Uma teoria contraditória, ao contrário do que ocorre na lógica
clássica, não é sempre trivial. Do ponto de vista filosófico, o problema é justificar um
sistema formal que permite contradições. A abordagem desse problema se dará a
partir de uma discussão acerca da natureza das contradições a saber, se tais contradições
tem caráter ontológico, epistêmico ou linguístico.

Ementa: Sistemas clássicos de lógica sentencial: o princípio da não-contradição e
o princípio da explosão (Ex Falso Quodlibet). Os aspectos ontológicos, linguísticos
e epistêmicos dos princípios da lógica. Lógicas paraconsistentes de da Costa (e
seus colaboradores) e suas motivações filosóficas. O dialeteísmo e as lógicas
paraconsistentes de Graham Priest.

Bibliografia:
Carnielli, W.A.: 2006. 'Sistemas de lógica paraconsistente' in Enciclopédia de termos
lógico-filosóficos. São Paulo: Martins Fontes.
da Costa, N.C.A. & French, S. (2003) Science and Partial Truth, Oxford: OUP, chapter
5, 'Inconsistency in science'.
Chateaubriand, O. (2001) Logical forms vol. 1. Campinas: UNICAMP-CLE,
Introduction.
Tugendhat, E.; Wolf, U. (1996). Propedêutica lógico-semântica (transl. Fernando
Rodrigues), Petrópolis: Editora Vozes, cap. 1.
Popper, K.R. (1963), Conjectures and Refutations, New York: Harper, pp. 206ff.
Priest, G.; Tanaka, K.; Weber, Z. (2013) 'Paraconsistent Logic' in The Stanford
Encyclopedia of Philosophy.
Priest, G.; Berto, F. (2013) 'Dialetheism' in The Stanford Encyclopedia of Philosophy.


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Grupo de Lógica - 2013.2

Lendo o Shoenfield - Lógica Matemática

Horário: Quintas-feiras das 16h às 17h40
Objetivo: Apresentar uma introdução à Lógica Clássica de Primeira Ordem usando como base o livro Mathematical Logic, de Joseph Shoenfield. 
Ementa: A Natureza da Lógica Matemática. Teorias de Primeira Ordem. Teoremas em Teorias de Primeira Ordem. O Problema da Caracterização e o Teorema da Completude. 
Bibliografia: Shoenfield, J.R.: 1967 (2010). Mathematical Logic. New York, CRC Press. 

sábado, 8 de junho de 2013

Apresentações - Frege

Olá para todos.
Abaixo, programação das apresentações dos textos do Frege.
Abraços

Otávio e Wagner - Introdução à Lógica de 1906 e Carta a Husserl de 1891 - Data: 10/06
Edgar - Fundamentos da Aritmética - Data: 12/06
Laiz e Regina - Função e Conceito - Data 19/06
Bruno e Glauber - Lógica de 1897 - Data 24/06


domingo, 19 de maio de 2013

Conceitografia - segunda 20/5

Olá para todos.
Na aula de amanhã, segunda, vamos fazer uma leitura rápida da parte 1
da Conceitografia, §§ 1 a 12.
Sugiro que antes da aula todos façam uma nova leitura, identificando
eventuais trechos relevantes ou problemáticos.
Leiam também o texto do Margutti
https://dl.dropboxusercontent.com/u/5959592/margutti_conceitografia.pdf
Se houver tempo, passamos para o Prefácio das LBA.
Abraços

Palestra - Sobre o caráter definicional dos axiomas de ZFC

O Grupo de Estudos de Lógica da FAFICH convida para a palestra do professor Antonio Coelho (UFMG): 

Sobre o caráter definicional dos axiomas de ZFC

Dia 22 de maio, quarta-feira, às 16h na sala 3036.

ZFC é, em certo sentido, a teoria de conjuntos padrão. O estudo das consequências de seus axiomas e o estudo de seus modelos, isto é, de
estruturas que satisfazem esses axiomas, são tópicos relacionados, mas distintos. Uma visão definicional dos axiomas de ZFC conduz, naturalmente, a
uma ênfase no estudo dos modelos de ZFC. O objetivo desta exposição é explicar, segundo linhas propostas por Kenneth Kunen, alguns aspectos dessa
visão definicional.






sábado, 11 de maio de 2013

Informações úteis

Olá para todos.
Nossa avaliação será na segunda-feira, dia 13 de maio.
Levem para consulta os textos da Conceitografia, SSR e Prefácio das Leis Básicas.
Os §§ da Conceitografia que devem ser lidos estudados para a prova são 1 a 12.
Não haverá aula no dia 15 de maio, quarta-feira. A tarefa de quarta dia 15 será estudar todo o prefácio das Leis Básicas, para a semana que começa dia 20 de maio. O link está abaixo:
Na leitura das Leis Básicas procurem identificar os argumentos de Frege contra o psicologismo.  
Abraços
   

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Frege

Dois textos úteis para a disciplina
Marco Ruffino, O verdadeiro, o bom e o belo em Frege
http://www.oquenosfazpensar.com/adm/uploads/artigo/o_verdadeiro,_o_bom_e_o_belo_em_frege/marcoruffino.pdf
Dirk Greimann, A caracterização da lógica pela força assertórica em Frege - Resposta a Marco Ruffino
http://www.cle.unicamp.br/manuscrito/public/abstract.php?id=331&edicao=34

terça-feira, 30 de abril de 2013