Não é incomum supor que a lógica é uma disciplina completa, finalizada. Uma disciplina similar à aritmética, cujas verdades não são questionadas. De fato, não parece muito plausível colocar em questão, por exemplo, se a soma de 2 e 3 é mesmo 5 ou analisar criticamente a afirmação de que 1 multiplicado por um número qualquer n dá como resultado o próprio número n. Algo parecido acontece com a lógica. Princípios como o terceiro excluído e a não-contradição são freqüentemente apresentados como leis fundamentais do pensamento, e a bivalência é simplesmente pressuposta, como se nada diferente fosse possível. Pelo nome 'lógica', muitas vezes entende-se apenas a lógica clássica, ou ainda mais grave, considera-se que a lógica se resume à lógica aristotélica, quando na verdade a lógica aristotélica é apenas um pequeno fragmento da lógica moderna.
Segundo essa visão, a lógica é considerada uma disciplina quase dogmática, cujos fundamentos não podem ser colocados em questão e com resultados, como os da aritmética, que são tomados como verdades acima de qualquer suspeita. Por outro lado, uma das primeiras coisas que aprendemos sobre a filosofia é que a postura crítica é sua característica essencial. A idéia de que a lógica é uma disciplina finalizada parece estar em desacordo com a postura crítica da filosofia.
O problema é que essa visão da lógica é profundamente equivocada. A lógica não é de modo algum uma disciplina finalizada, muito menos dogmática. A atitude crítica da filosofia também se dirige para os princípios sobre os quais se baseia a lógica, que são questionados e podem ser rejeitados. E a discussão acerca de tais princípios se baseia em posições filosóficas acerca da realidade, da linguagem e do conhecimento humano.
Este pequeno texto procura justamente mostrar que uma série de princípios básicos adotados pela lógica clássica podem ser colocados em questão, dando origem às chamadas lógicas não-clássicas. Veremos que, na verdade, não temos uma mas várias lógicas.
Segundo essa visão, a lógica é considerada uma disciplina quase dogmática, cujos fundamentos não podem ser colocados em questão e com resultados, como os da aritmética, que são tomados como verdades acima de qualquer suspeita. Por outro lado, uma das primeiras coisas que aprendemos sobre a filosofia é que a postura crítica é sua característica essencial. A idéia de que a lógica é uma disciplina finalizada parece estar em desacordo com a postura crítica da filosofia.
O problema é que essa visão da lógica é profundamente equivocada. A lógica não é de modo algum uma disciplina finalizada, muito menos dogmática. A atitude crítica da filosofia também se dirige para os princípios sobre os quais se baseia a lógica, que são questionados e podem ser rejeitados. E a discussão acerca de tais princípios se baseia em posições filosóficas acerca da realidade, da linguagem e do conhecimento humano.
Este pequeno texto procura justamente mostrar que uma série de princípios básicos adotados pela lógica clássica podem ser colocados em questão, dando origem às chamadas lógicas não-clássicas. Veremos que, na verdade, não temos uma mas várias lógicas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário