sexta-feira, 30 de maio de 2008

Apostilas de lógica e argumentação

Olá para todos.
Abaixo os links para as apostilas das unidades 2 e 3 de lógica e argumentação.
http://filosofiaetc.sites.uol.com.br/unid2.pdf
http://filosofiaetc.sites.uol.com.br/unid3.pdf
Lembrem-se que a unidade 3 será vista nos dias 4 e 5 de junho e a
prova será nos dias 11 e 12 de junho.
Abraços

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Manifestos

Zuenir Ventura - Manifestos - O Globo 21/05/2008

Os manifestos voltaram à moda! Só nestes últimos dias recebi uns três para assinar. Não assinei nenhum porque desde que passei a dispor de um espaço privilegiado para dar minhas opiniões, achei que não seria correto fazer campanha, contra ou a favor. Aqui não é o lugar de militância. Não subscrevo documento coletivo nem mesmo acerca do óbvio - contra o aquecimento da Terra ou a favor da salvação da espécie animal, por exemplo. Só abro exceção para anúncio fúnebre, que não deixa de ser uma espécie de manifesto em homenagem ao morto. E, no entanto, passei parte de minha vida assinando manifestos. Uma amiga chegou a pensar em escrever uma peça teatral sobre os anos de chumbo com o título: "Zelito, Ziraldo e Zuenir. Ou o fim dos manifestos".

Ela pretendia brincar com a mania que parecia ter desaparecido e com os três Z que encerravam sempre os abaixo-assinados contra o regime militar. Como a ordem era alfabética, percebemos com o tempo que isso era uma desvantagem para nós, porque policiais preguiçosos conseguiam mostrar serviço indo direto ao final. Já sabiam até os endereços.

Muita coisa mudou. Manifesto não dá mais cadeia e não precisa passar de mão em mão: chega pela internet, o que é mais rápido, embora possa dar margem a falsificações. Como saber que a inclusão de um nome foi autorizada pelo próprio, já que proliferam na rede até textos apócrifos? Eu mesmo já li alguns, atribuídos a mim, que nunca os escrevi.

Outra diferença é que antes eles eram previsíveis: contra a censura e a tortura ou a favor da liberdade de expressão. Com a dificuldade de consenso dos novos tempos, é cada vez mais comum o surgimento de um tema atraindo posições antagônicas. Dois dos manifestos que recebi agora são opostos e tratam da questão das cotas ou reserva de vagas nas universidades como política para contemplar a exclusão dos negros. Nomes que estariam na mesma fileira, provavelmente pensando da mesma maneira, estão hoje em lados contrários, como, entre muitos, Caetano Veloso, João Ubaldo, Cesar Benjamin, Yvonne Maggie, Gilberto Velho, que integram o time dos que rejeitam a medida; e Oscar Niemeyer, Nelson Pereira dos Santos, Augusto Boal, Otavio Velho, favoráveis ao sistema.

Antigamente, para uma decisão dessa natureza, era só abrir o catecismo ideológico e ver o que a esquerda e a direita recomendavam. Era tão mais fácil! Hoje, sem a ideologia para abençoar as tomadas de posição, a escolha se baseia nos argumentos favoráveis ou contrários a uma causa, não na sua filiação. Ninguém tem mais a cabeça feita prévia e automaticamente, há que pensar por conta própria. Essa falta de bússola pode desorientar, dar mais trabalho, mas significa que caímos de fato numa democracia, que é o reino plural da controvérsia e do desacordo.

domingo, 18 de maio de 2008

Slides - Indução

Abaixo, link correto para os slides da aula sobre o problema da indução:

http://filosofiaetc.sites.uol.com.br/aula_inducao.pdf

Material de lógica e argumentação

Abaixo, links para:

Apostila de lógica e argumentação:
http://filosofiaetc.sites.uol.com.br/log_arg.pdf

Lista de exercícios (1):
http://filosofiaetc.sites.uol.com.br/exercicios1.pdf

Lista de exercícios (2):
http://filosofiaetc.sites.uol.com.br/exercicios2.pdf

domingo, 4 de maio de 2008

Saudações Rubro-Negras!

Flamengo Sessentão

Corria o ano de 1911. Vejam vocês: - 1911! O bigode do kaiser estava, então, em plena vigência: Mata-Hari, com um seio só, ateava paixões e suicídios; e as mulheres, aqui e alhures, usavam umas ancas imensas e intransportáveis. Aliás, diga-se de passagem: - é impossível não ter uma funda nostalgia dos quadris anteriores à Primeira Grande Guerra. Uma menina de catorze anos para atravessar uma porta tinha que se pôr de perfil. Convenhamos: - grande época! grande época!

Pois bem. Foi em 1911, tempo dos cabelos compridos e dos espartilhos, das valsas em primeira audição e do busto unilateral de Mata-Hari, que nasceu o Flamengo. Em tempo retifico: - nasceu a seção terrestre do Flamengo. De fato, o clube de regatas já existia, já começava a tecer sua camoniana tradição náutica. Em 1911, aconteceu uma briga no Fluminense. Discute daqui, dali, e é possível que tenha havido tapa, nome feio, o diabo. Conclusão: - cindiu-se o Fluminense e a dissidência, ainda esbravejante, ainda ululante, foi fundar, no Flamengo de regatas, o Flamengo de futebol.

Naquele tempo tudo era diferente. Por exemplo: - a torcida tinha uma ênfase, uma grandiloqüência de ópera. E acontecia esta coisa sublime: - quando havia um gol, as mulheres rolavam em ataques. Eis o que empobrece liricamente o futebol atual: - a inexistência do histerismo feminino. Difícil, muito difícil, achar-se uma torcedora histérica. Por sua vez, os homens torciam como espanhóis de anedota. E os jogadores? Ah, os jogadores! A bola tinha uma importância relativa ou nula. Quantas vezes o craque esquecia a pelota e saía em frente, ceifando, dizimando, assassinando canelas, rins, tórax e braços adversários? Hoje, o homem está muito desvirilizado e já não aceita a ferocidade dos velhos tempos. Mas raciocinemos: - em 1911, ninguém bebia um copo d'água sem paixão.

Passou-se. E o Flamengo joga, hoje, com a mesma alma de 1911. Admite, é claro, as convenções disciplinares que o futebol moderno exige. Mas o comportamento interior, a gana, a garra, o élan são perfeitamente inatuais. Essa fixação no tempo explica a tremenda força rubro-negra. Note-se: - não se trata de um fenômeno apenas do jogador. Mas do torcedor também. Aliás, time e torcida completam-se numa integração definitiva. O adepto de qualquer outro clube recebe um gol, uma derrota, com uma tristeza maior ou menor, que não afeta as raízes do ser. O torcedor rubro-negro não. Se entra um gol adversário, ele se crispa, ele arqueja, ele vidra os olhos, ele agoniza, ele sangra como um César apunhalado.

Também é de 1911, da mentalidade anterior à Primeira Grande Guerra, o amor às cores do clube. Para qualquer um, a camisa vale tanto quanto uma gravata. Não para o Flamengo. Para o Flamengo, a camisa é tudo. Já tem acontecido várias vezes o seguinte: quando o time não dá nada, a camisa é içada, desfraldada, por invisíveis mãos. Adversários, juízes, bandeirinhas tremem então, intimidados, acovardados, abatidos. Há de se chegar o dia em que o Flamengo não precisará de jogadores, nem de técnicos, nem de nada. Bastará a camisa, aberta no arco. E, diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável.

Nélson Rodrigues Manchete Esportiva, 26/11/1955

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Dicionário de Filosofia

Abaixo, link para um dicionário de filosofia que poderá ser muito útil.
http://www.defnarede.com/
Abraços