quarta-feira, 26 de maio de 2010

Tarski

Olá para todos.
Hoje e nas próximas aulas estudaremos a definição de verdade de Tarski.
Além dos textos disponibilizados na xerox, podem ser úteis:

Kirkham - Alfred Tarski's Semantic Theory
http://sites.google.com/site/textoslogica/arquivos/Kirkham_Tarski.pdf

Um texto meu sobre a concepção de verdade de Tarski
http://sites.google.com/site/textoslogica/arquivos/tarski_abstracta.pdf

Chateaubriand - Tarski's Semantic Conception of Truth
http://sites.google.com/site/textoslogica/arquivos/OC_C7_TARSKI.pdf

Claudio Costa - Teorias da Verdade
http://criticanarede.com/html/met_tverdade.html

Abraços

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mais Sidney Harris


Sobre o argumento da funda (the slingshot) II

Abaixo, texto do Quine, Three grades of modal involvement, onde é apresentada uma versão do slingshot

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Milagres...

O sujeito que não acredita em milagre é capaz de tudo. Basta ver-lhe a face espessa, o riso encharcado de saliva, o ríctus alvar e, em suma, toda uma inestancável estupidez a escorregar-lhe da figura abominável. É susceptível dos piores sentimentos. E conheci um que não respeitava nem as cunhadas! Quanto a mim, com satisfação o confesso: – acredito piamente em milagre. Ou por outra: – só acredito em milagre.

A meu ver o fato normal, o fato lógico, o fato indiscutível merece apenas a nossa repulsa e o nosso descrédito. É preciso captar ou, melhor, extrair de cada acontecimento o que há, nele, de maravilhoso, de inverossímil e, numa palavra, de milagre. E não vejo como se possa viver e sobreviver sem esse milagre.

Agora mesmo no plano do futebol, temos um autêntico – o do América. Pergunto: – o que é a jornada do América, do fim do returno até hoje, senão isto mesmo, ou seja, o milagre taxativo, irrefutável, triunfal? Basta ver o seguinte: – entre nós, o futebol vinha se arrastando em termos crassamente esportivos e técnicos. Faltava-lhe esse mínimo de maravilhoso, sem o qual os times, as pessoas e as nações fenecem na mais torva e ignara das mediocridades. A rigor só havia, em campos brasileiros, um único e escasso milagre, qual seja o da camisa rubro-negra.

De fato, o que se sucede com a camisa do Flamengo desafia e refuta todas as nossas experiências passadas, presentes e futuras. Vejam vocês: – uma camisa que só falta dar adeusinho e virar cambalhota. Quando o time não dá mais nada, quando a defesa baqueia, e o ataque soçobra, vem a camisa e salva tudo. Diante dela, todos se agacham, todos se põem de cócoras, todos babam de terror cósmico. E vamos e venhamos: – como resistir a uma camisa que tem suor próprio, que transpira sozinha, que arqueja, e soluça, e chora? O Flamengo só perde quando não põe para funcionar o milagre da camisa.

Vejamos o América: – suas atuações pertencem ao mais puro, ao mais genuíno, ao mais categórico sobrenatural. No dia do jogo com o Flamengo, um sujeito urrou, atrás de mim: – " Vá jogar assim no raio que te parta! " De fato, era demais. Mas eu falei em dois milagres no futebol brasileiro: – o América e o Flamengo. Esqueci de um outro, anterior, e que é também considerável.

Eis o caso: – havia, em Niterói, um perna-de-pau, tuberculoso há 14 anos. Devia estar morto, enterrado e, no entanto, sobrevivia o diabo do homem, com um pulmão esburacado e inexpugnável. Em campo, ele corria mais que os outros, os atléticos, os eugênicos. Um dia, porém, o presidente do clube lhe desfere à queima-roupa, o primeiro elogio que o perna-de-pau jamais sofrera.

Foi trágico: – aquele pulmão indômito, que agüentava até chumbo derretido, sucumbiu ao elogio. Explodiu uma hemoptise medonha. O sangue espirrava em todas as direções. Diante dessa hemorragia de esguicho, desse chafariz escarlate, os circunstantes tinham vontade de abrir guarda-chuvas. Querem pôr uma vela na mão do quase defunto.

E, súbito, as golfadas pararam. O perna-de-pau enxuga o lábio e vai, pelos próprios passos, a um consultório: – lá tiram-lhe uma radiografia. E foi um assombro mundial, horas depois, quando o médico viu uma imagem radiográfica de virgem, de passarinho. Eis o milagre: – um elogio assassinara o perna-de-pau e o mesmo elogio o ressuscitara.

Nelson Rodrigues

Publicado originalmente na antiga Manchete Esportiva, no dia 3/3/1956 e no Urublog em 25 /11/09 e em 20/5/10.


Mas ontem não rolou.
Paciência. 

Saudações Rubro-Negras.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Sobre o argumento da funda (the slingshot)

Olá para todos. 
Nos links abaixo:
capítulo da minha tese sobre o argumento da funda
http://dl.dropbox.com/u/5959592/arg_da_funda.pdf
um trecho da Stanford
http://plato.stanford.edu/entries/facts/slingshot-argument.html
e o capítulo de Church
http://sites.google.com/site/textoslogica/arquivos/church_intro_04.pdf
Veremos isso na próxima semana.
Abraços

terça-feira, 18 de maio de 2010

Sobre fatos negativos e universais

Olá para todos.
No link
http://dl.dropbox.com/u/5959592/Natal_2009.pdf
estão slides sobre o problema dos fazedores de verdade de proposições negativas e universais, que é muito semelhante ao problema de Russell
 na Filosofia do Atomismo Lógico. No link 
está um texto sobre fazedores de verdade que na seção 4 trata de proposições negativas e universais. 
Para quem estiver interessado, no link 
está o texto de Demos, A Discussion of a Certain Type of Negative Proposition,  que contesta Russell no que diz respeito aos fatos negativos. 

sábado, 15 de maio de 2010

Avaliação - História da Filosofia Contemporânea I - FIL 009 (2010.1)

A avaliação da disciplina História da Filosofia Contemporânea I será
feita por meio de três trabalhos, denominados aqui T1, T2 e T3. Os
três trabalhos são obrigatórios.
T1 e T2 serão questionários sobre os textos estudados em sala de aula.
As datas de entrega serão ainda divulgadas, mas em princípio os prazos
serão respectivamente fim de abril e fim de maio.
T3 deverá ser um texto de 5 a 8 páginas, com bibliografia, a ser
entregue no fim do mês de junho. O tema pode ser escolhido pelo aluno,
desde que seja algum dos tópicos estudados no curso. Temas
alternativos são possíveis, mas devem ser previamente discutidos com o
professor.
T3 deve ser feito de acordo com a apostila sobre redação de trabalhos acadêmicos
http://sites.google.com/site/textoslogica/arquivos/trab_acad.pdf
(mas não é necessário fazer sumário, nem resumo, nem capa, apenas um
cabeçalho com nome do aluno e título do trabalho).

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Notas da primeira prova

Olá para todos.
As notas da primeira prova já foram lançadas na minhaUFMG.
Abraços

terça-feira, 11 de maio de 2010

Lógica Intuicionista - Professora Elaine Pimentel

Seminário - Lógica Intuicionista
com a professora Elaine Pimentel do Departamento de Matemática da UFMG
Dias 12 e 19 de maio às 15h na sala 4094


Abstract: A lógica clássica trata de "verdade absoluta", no sentido
que uma sentença bem formada é sempre falsa ou verdadeira, onde o
contrário de falso é verdadeiro e vice-versa. Este fato e' descrito
pelo Princípio do Terceiro Excluído (|- forall A. A \/ neg A). Desta
forma, a lógica clássica possui um não-determinismo intrínseco que é
utilizado na matemática em algumas técnicas de prova, como a redução
ao absurdo, por exemplo.

A lógica intuicionista, por sua vez, trata de "provabilidade": um
predicado é válido se e somente se podemos construir uma prova para o
mesmo. Desta forma, o princípio do terceiro excluído deixa de ser um
teorema. As aplicações dentro da matemática não são muito
interessantes. Por exemplo, não podemos "construir" o conjunto dos
números reais, portanto toda a teoria de anáilse intuicionista é sem
sentido. Mas os modelos matemáticos que descrevem a semântica da
lógica intuicionista (Modelos de Kripke, Semi-álgebras de Boole, etc)
são bem interessantes, bem como o estudo da "computabilidade"de
funções. De fato, o "isomorfismo de Curry-Howard" estabelece uma
relação biunívoca entre a lógica intuicionista e uma teoria de funções
chamada lambda-calculus simplesmente tipado. A primeira vive no mundo
lógico enquanto a segunda no mundo computacional.

O objetivo desses dois seminários é apresentar uma introdução à lógica
intuicionista utilizando "cálculo de sequentes", que é um sistema de
provas. Para tal falaremos também um pouquinho de dedução natural.


domingo, 9 de maio de 2010

Primeiro trabalho - História da Filosofia Contemporânea I

Abaixo, alunos que não entregaram o primeiro trabalho de História da Filosofia Contemporânea I, 2010.1

DENISE DAMARIS DA SILVA  
JOSE LUIS CARVALHO AFONSO  
LUIZA SOARES LOPES  
VITOR AMARAL MEDRADO  
WALLISON ALVES BRANDAO  

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Russell - On Denoting

Olá para todos.
No link
está um roteiro para auxiliar na leitura de On Denoting.